Ano da Família Amoris Laetitia
"O matrimônio é uma vocação, portanto, deve ser fruto de discernimento vocacional (AL, n.72)"
Publicado em: 16/04/2021 21:50:00
Por Cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa¹
Desde o dia 19 de março de 2021, Solenidade de São José, até a celebração em Roma do X Dia Mundial das Famílias no dia 26 de junho de 2022, vivemos o Ano da Família Amoris Laetitia, conforme proclamação do Papa Francisco por ocasião dos cinco anos da publicação da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia sobre o Amor na Família, assinada no dia 19 de março de 2016, dentro do Jubileu da Misericórdia.
O Papa propõe a retomada e o aprofundamento da reflexão da Amoris Laetitia, que realça a beleza e a alegria do amor conjugal e familiar. Além de reiterar o Evangelho da Família, o Papa Francisco enfatiza a necessidade do acompanhamento cheio de ternura em meio às dificuldades e desafios concretos enfrentados pelas famílias atualmente. Trata-se de acompanhar e servir às famílias para que possam viver e realizar a sua vocação e missão de ajudar na construção de uma humanidade mais fraterna.
O matrimônio é uma vocação, portanto, deve ser fruto de discernimento vocacional (AL, n.72). O Evangelho da Família deve ser apresentado com clareza e integralmente. As situações imperfeitas devem ser tratadas com misericórdia e discernimento, buscando integrar as fragilidades (AL, n. 291 – 312). A pandemia desafia a vivência familiar.
É preciso cultivar a espiritualidade conjugal e familiar. Há uma presença de Deus nas famílias concretas, em meio aos sofrimentos, lutas, alegrias e propósitos cotidianos (AL, n.315). A vida de oração na família à luz do Mistério Pascal de Jesus Cristo alimenta a fé, fortalece a esperança e incentiva a caridade, propiciando ambiente de aconchego, cuidado mútuo e libertação, com abertura solidária aos de fora. No amor conjugal e familiar formam-se pessoas integradas e educadas para a comunhão fraterna.
¹ Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima - Viçosa-MG