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Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Carcerária elege nova coordenação

Introduzida com a oração em Memória da Santa Virgem Maria, na manhã de sábado, 13 de maio, no Centro Arquidiocesano de Pastoral, em Mariana (MG), aconteceu a Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Carcerária.


Publicado em: 15/05/2023 12:27:00

Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Carcerária elege nova coordenação

Com intuito de apresentar e refletir sobre as proposições da 25ª Assembleia da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2 da CNBB, realizado em abril, indicar o novo Assessor Religioso e a realizar a eleição do Coordenador Leigo da Pastoral Carcerária, o encontro reuniu mais de 30 agentes de pastorais das regiões Oeste, Sul, Leste e Norte da Arquidiocese.

Conduzido pelos presbíteros, Padre Geraldo Barbosa, Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Congonhas (MG) e Padre Marcelo Moreira Santiago, Assessor Arquidiocesano da Dimensão Sociopolítica, a Assembleia também contou com a participação da Coordenadora Nacional para a Questão da Mulher Encarcerada e então Coordenadora Arquidiocesana, Magda de Fátima Oliveira, do Assessor da Pastoral Carcerária da Região Mariana Norte, Diácono Fábio Márcio de Freitas, e Padre José Geraldo da Silva (Padre Juquinha), Vigário Paroquial da Paróquia Sant’Ana em Jequeri (MG).

 Padre Marcelo, até então, era o Assessor Arquidiocesano da Pastoral Carcerária.
Na oportunidade, cada região indicou um agente para concorrer a eleição de Coordenador Leigo Arquidiocesano da Pastoral Carcerária. Em seguida, ocorreu a apresentação dos candidatos e a votação do novo coordenador. Ao final da votação, com 26 votos, a advogada, presidente do Conselho da Comunidade de Execução Penal na Comarca de Conselheiro Lafaiete (MG) e agente da Pastoral Carcerária, Luana Paulino Amarante, foi eleita como Coordenadora Leiga da Pastoral Carcerária.

“Assumi com muita alegria e satisfação a coordenadoria da Pastoral Carcerária desta Arquidiocese. Almejo fortalecer ainda mais a minha espiritualidade para poder compartilhar a Palavra de Deus com as pessoas reclusas de sua liberdade e conhecer as demandas dos cárceres da região.

Quero trazer a comunidade mais próxima, mais para perto das pastorais, e fortalecer mesmo, incentivar a participação de toda a comunidade, para propiciar a ressocialização também através da evangelização. É um trabalho que eu acredito e acredito que contribui muito com o despertar do desejo da ressocialização, daqueles e daquelas que estão encarcerados”, disse Luana.
Além de elegerem a nova Coordenadora Leiga Diocesana da Pastoral Carcerária, os agentes também indicaram três nomes, entre padres e diáconos, para que o Arcebispo Metropolitano de Mariana escolha o novo Assessor Religioso Arquidiocesano da Pastoral Carcerária. Com as sugestões apresentadas, os agentes aguardam a nomeação de Dom Airton José dos Santos.

Para finalizar, os agentes elencaram os desafios da Pastoral Carcerária para 2023, como: investir na formação de novos agentes; ampliar a atuação da Pastoral Carcerária para todos os presídios que estão no território da Arquidiocese de Mariana e promover a celebração de missas com a presença das famílias dos reeducandos.

Proposições da 25ª Assembleia da Pastoral Carcerária Regional Leste II da CNBB
Durante a Assembleia Arquidiocesana da Pastoral Carcerária, Padre Marcelo também apresentou as proposições da 25ª Assembleia da Pastoral Carcerária do Regional Leste 2 da CNBB elencadas, no dia 23 de abril, em Pouso Alegre (MG).

Confira as metas e atenções pastorais almejadas pela Pastoral Carcerária em 2023:

I – Metas:
1ª. Ter a Pastoral carcerária constituída e atuando em todos os presídios de Minas Gerais;

2.ª Ter em todas as (arqui) dioceses do nosso regional um Assessor religioso e um coordenador leigo, oficialmente indicados para a Pastoral Carcerária;

3ª. Fortalecer em todas as nossas (arqui) dioceses o trabalho da Pastoral Carcerária, investindo, de modo especial, nas coordenações, em todas as instâncias diocesanas;

4ª. Incentivar a implantação do “Projeto Preso na Missa”, uma iniciativa da Arquidiocese de Juiz de Fora (MG): participação dos apenados e seus familiares em uma missa fora da unidade prisional, em uma paróquia ou Catedral da (arqui) diocese; após a missa se oferece um almoço de confraternização para os apenados e seus familiares. Este projeto só é possível a partir da parceria entre (arqui) dioceses, Vara de Execução Penal e do Estado.

II – Atenções Pastorais:
Quanto aos agentes

5ª. Investir, permanentemente, em mais agentes para esta pastoral;

6ª. Envolver pastorais e paróquias, quanto possível, nos trabalhos conduzidos pela Pastoral Carcerária, na linha da Pastoral de Conjunto (Pastoral Orgânica);

7ª. Em momentos especiais, como Natal e Páscoa, convidar Bispos e/ou Vigários episcopais (onde houver) para visitar e celebrar nos presídios (maior integração diocesana);

8ª. Nas dioceses que tenham Diáconos Permanentes, buscar incluí-los, quanto possível, para auxiliarem e fazerem parte da Pastoral Carcerária;

9ª. Continuar a Formação Permanente de agentes: formação bíblica/teológica e eclesial; formação a respeito das questões jurídicas e quanto aos serviços sociais, ligados à defesa de direitos (políticas e públicas);

10ª. Fortalecer em todas as (arqui) dioceses, na metodologia do trabalho a ser realizado, um empenho pela justiça restaurativa, pela escuta pastoral e no espírito da sinodalidade, de caminhar juntos;

11ª. Realizar momentos de espiritualidade com os agentes (servidores) da Pastoral Carcerária.

Quanto aos encarcerados
12ª. Dar especial atenção aos egressos, somando forças para abrir perspectivas novas de seu retorno às famílias e à sociedade, especialmente em relação ao emprego (ressocialização);

13ª. Abrir-se, onde houver condições, às ações ecumênicas (celebrações e/ou ações conjuntas);

14ª. Centrar atenções, à luz da CF – 2023, para a segurança alimentar em nossas unidades prisionais (água e alimentação adequada);

15ª. Estar atento às diversas ‘fomes’ existentes no sistema prisional: escuta, respeito, cuidado e ajuda;

16ª. Buscar conhecer, nem que seja minimamente, as leis que regem o sistema carcerário como contributo importante na missão da Pastoral Carcerária;

17ª. Estar atento ao trabalho “em rede”, valendo-nos de instituições e organismos que somam e podem muito ajudar na missão, sobretudo em ordem à defesa de direitos e promoção humana.

Quanto aos familiares
18ª. Estar atento às famílias dos irmãos privados de liberdade, cuidando para que tenham seus direitos, como visitas aos familiares nos cárceres, respeitados e, através do “trabalho em rede”, sejam acompanhados em suas necessidades, quanto possível;

19ª. Seja dada atenção especial às mulheres privadas de liberdade e egressas do sistema prisional e em cada (arqui) diocese haja, na coordenação da Pastoral Carcerária, uma pessoa referente para a questão da mulher presa.

Quanto aos Assessores Eclesiásticos
20ª. Proporcionar formação e momentos espirituais como retiros e encontros específicos para Padres, Diáconos, religiosos que atuam na Pastoral Carcerária.

Fotos: Magu Tavares

Fonte: PASCOM

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