Publicado em: 10/02/2022 09:51:00
O primeiro retiro do ano para os padres e diáconos da Arquidiocese de Mariana está sendo orientado pelo arcebispo de Mariana, dom Airton José dos Santos, na casa de encontros dos padres verbitas (Instituto São Miguel), na Borda do Campo, município de Antônio Carlos (MG). Obedecendo às regras de prevenção contra a Covid-19 como o uso de máscara, distanciamento e uso de álcool em gel, o retiro começou na última segunda-feira, 7, e reúne 43 padres e dois diáconos permanentes.
O arcebispo abriu o retiro convidando os padres e diáconos a cuidarem para que “o burburinho da realidade não atrapalhe nosso silêncio e nossa reflexão”. De forma leve e quase espontânea, dom Airton se serve da bíblia e do Vaticano II para ajudar os presbíteros e diáconos a refletirem sobre sua vida e ministério.
“Como encontrar Deus?”. Com esta pergunta o orientador do retiro abriu a série de reflexões mostrando que se trata de uma “pergunta humana que perdura para sempre”. “O encontro com Deus se dá na realidade humana, porque Deus se revela a nós. Todo ser humano é capaz de Deus”, destacou.
Segundo o arcebispo, o encontro com Deus não é experiência “propriamente material, mas vivência espiritual”. Inspirado no Capítulo 3 do livro de Gênesis, dom Airton falou da relação de Deus com sua criatura predileta, o ser humano. “Na busca de sua criatura, Deus se apresenta a si mesmo, dialoga com o ser humano, não com o mal ao qual impõe limites”, disse.
Em outra reflexão, o arcebispo sublinhou que Jesus é a Palavra que revela Deus aos seres humanos. A partir do prólogo do evangelho de João (Jo 1,1-8), lembrou como se dá essa revelação. “Jesus revela o Pai, revelando-se a si mesmo. Ele é a Palavra de Deus, luz que ilumina a consciência humana. Por ser Filho, só Jesus poderia falar de Deus Pai”, explicou.
Dom Airton, em outras duas reflexões, lembrou a experiência dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35) e o chamado dos apóstolos (Mt 4,18-22), associando as duas passagens à vida e ao ministério dos ministros ordenados. Recordou a necessidade de reconhecer Jesus tanto na eucaristia como também nos pobres. “Não é possível participar da Eucaristia e recusar acreditar que Jesus está também nos pobres”, observou.
O arcebispo recordou, ainda, a importância de o ministro ordenado estar sempre pronto a responder ‘sim’ ao chamado que Deus lhe faz, a exemplo dos apóstolos “que deixaram tudo e seguiram Jesus”. “O chamado implica uma resposta que não é uma palavra, mas uma atitude”, disse.
Suspensos no ano passado por causa da pandemia, os retiros foram retomados, conforme o costume, com duas datas. A primeira, nesta semana de 7 a 11 de fevereiro, e a segunda, de 4 a 8 de julho, em Mariana, no Seminário São José. O encontro anual de presbíteros e diáconos também será retomado nos dias 14 a 17 de março, em Cachoeira do Campo.
Fonte: PASCOM
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