Publicado em: 27/09/2022 07:56:00
Com uma participação ativa, dos membros dos Conselhos Regionais de Pastoral (CRP) e do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), cerca de 130 pessoas estiveram presentes no Colégio Arquidiocesano de Ouro Preto (MG).
Com a acolhida e momento orante preparados pela equipe da Dimensão Litúrgica da Arquidiocese, a Assembleia teve início com uma breve apresentação dos presentes e uma breve partilha sobre como foi o processo de escuta em cada uma das cinco regiões pastorais. Esse momento ajudou a introduzir o tema central dessa etapa da Assembleia que foi a Sinodalidade.
A Sinodalidade à luz da Palavra de Deus
Padre Carlos Heitor falou sobre a Sinodalidade à luz da Palavra de Deus.
O assunto principal do evento foi refletido com a ajuda do Padre Carlos Heitor Fidelis que proferiu a conferência “A Sinodalidade à luz da Palavra de Deus”. Em sua fala, o sacerdote apresentou uma fundamentação bíblica sobre o tema, pontuando que os carismas e dons têm que caminhar em harmonia, pois são para a edificação do Povo de Deus.
Outro ponto destacado por ele foi a necessidade de caminhar junto como Igreja e com a Igreja, pois para ser uma Igreja em unidade é indispensável a colaboração uns dos outros. “Como Igreja e com a Igreja nos disponhamos não a aventura de caminhar sozinho, não ao desejo vaidoso de moldar o mundo e a Igreja segundo a nossa vontade, mas a caminharmos, no tempo da história, como Povo de Deus rumo à Nova Jerusalém”, disse Padre Carlos Heitor recordando a fala do Papa Francisco que a “Sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio”.
Quais frutos colheremos?
A dinâmica da árvore foi realizada para ajudar a pensar o que se tem e o que se espera para a caminhada da Arquidiocese de Mariana. Foto: Thalia Gonçalves
Ainda meditando sobre a Sinodalidade, bem como o Projeto Arquidiocesano de Evangelização (PAE) e as discussões realizadas durante a primeira etapa da Assembleia, os presentes foram divididos em cinco grupos para realizarem a dinâmica da árvore. A proposta da atividade foi que, em conjunto, cada equipe identificasse o que já se tem na caminhada da Arquidiocese de Mariana, seja aquilo que a sustenta (aspectos positivos) ou os espinhos (os desafios).
A partir disso, os participantes pensaram sobre os anseios para a continuidade dos trabalhos de evangelização e pastoral desta Igreja Particular: as flores, ou seja, os sonhos, e os frutos, aquilo que pode ser produzido de forma concreta.
Durante a dinâmica, várias reflexões importantes em torno do tema proposto foram feitas como o desafio do retorno das atividades após a fase de restrições impostas pela Covid-19. Conforme os participantes, depois desse momento em que as pessoas passaram por isolamento, perdas e doenças, a acolhida ao irmão é um dos pontos fundamentais para que se tenha retorno caloroso. Ainda sobre esse ponto, apontaram também a necessidade da abertura de espaços nas pastorais para que outras pessoas também se sintam motivadas a colaborar.
De forma geral, alguns dos espinhos apresentados pelos grupos foram a polarização, a competição, o “novo normal”, a falta de acolhida, o clericalismo, entre outros. Já alguns dos frutos foram: laicato, o PAE, grupos de oração e reflexão, a Sinodalidade, a espiritualidade, a participação, a organização pastoral, o clero, a promoção humana, trabalho caritativo e a beatificação da Serva de Deus Isabel Cristina. Por fim, as flores foram: acolhimento e cuidado, investimento financeiro e formação continuada para as pastorais, unidade, fortalecimento dos grupos de reflexão e a necessidade de se ter pastorais mais orgânicas.
PAE
O Projeto Arquidiocesano de Evangelização foi aprovado na 28ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada em dezembro de 2021. Foto: Thalia Gonçalves
No encerramento da Assembleia, o Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, reforçou aos presentes a necessidade de voltar ao PAE, lê-lo e torná-lo mais conhecido, pois o documento é o “grande motor” da Arquidiocese de Mariana. Para isso, ele pontuou a importância da fidelidade de cada pessoa ao transmitir o conteúdo do PAE.
“Eu poderia simplesmente pegar o livrinho e dar para cada pessoa e dizer: ‘leia!’. Mas isso não transmite; isso dá conhecimento, mas não dá a experiência, não dá a consistência para que o Projeto Arquidiocesano de Evangelização seja colocado [em prática]. [O conhecimento] vem através da experiência, do testemunho. Quando nós falamos com as pessoas, explicamos, orientamos, damos o exemplo, é sinal que nós experimentamos por nós mesmos e transmitimos”, disse Dom Airton.
O Arcebispo Metropolitano de Mariana ainda enfatizou que PAE deve ser um instrumento que brota das mãos das pessoas e deve ser vivido no dia a dia. “Nós não podemos ficar somente no discurso de uma Igreja Sinodal, uma Igreja que caminha junto. Nós não queremos ficar no discurso. Queremos colocá-lo em prática”, ressaltou Dom Airton, apontando que pôr em prática significa não ter receio de fazer o caminho onde a realidade pede, sem medo e espantos.
Outros assuntos
Ainda durante o evento, foi reservado para alguns informes gerais sobre algumas atividades arquidiocesanas como o 8º Fórum Social pela Vida, a ser realizado entre os dias 24 e 27 de novembro, em Carandaí (MG). As inscrições para o evento serão abertas em breve. À ocasião, também foi lembrado do Encontro Arquidiocesano do Apostolado da Oração que acontecerá no dia 16 de outubro na Basílica do Sagrado Coração de Jesus, em Conselheiro Lafaiete (MG).
Outro informe realizado foi sobre a Faculdade Dom Luciano Mendes (FDLM) que os cursos de extensão oferecidos, bem como a notícia de que a instituição tirou a nota 5, conceito máximo, na última edição do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
Por fim, os presentes deliberaram pela realização da 30ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral para os dias 22 e 23 de setembro de 2023.
Fonte: Arquidiocese de Mariana
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