Publicado em: 28/11/2023 12:34:00
A celebração, realizada na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção, em Mariana (MG), marcou também o encerramento do 3º Ano Vocacional na Arquidiocese.
Diante da presença de fiéis, amigos, familiares, sacerdotes, diáconos, religiosos (as) e seminaristas, os jovens foram ordenados pela imposição das mãos e a oração consecratória do Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos.
Marcada pela emoção e alegria, antes do início da cerimônia, na Capela do Santíssimo da Catedral, os jovens fizeram a profissão de fé, acataram ao celibato, juraram fidelidade à Igreja, ao Arcebispo e ao Papa, bem como tiveram suas vestes litúrgicas abençoadas.
Rito realizado na capela antes da ordenação.
Durante a homilia, o Arcebispo Metropolitano de Mariana expressou sobre a decisão desses jovens rumo ao sacerdócio e enfatizou o papel das famílias como berço de vocações.
“A nossa alegria se estende também aos familiares desses jovens porque ali nasceu a vocação. A vocação deve vir de uma família porque é a família que forma a pessoa para o mundo e para Deus. É das nossas famílias que surgem homens e mulheres para o futuro, em todas as áreas da vida humana e também para o sacerdócio, para a vida religiosa, para a vida consagrada”, frisou Dom Airton.
Em comunhão como o 3º Ano Vocacional, a ordenação diaconal teve como lema “Corações ardentes, pés a caminho”, inspirado em São Lucas (24, 13-35), que foi o Evangelho proclamado na celebração. Refletindo sobre essa passagem bíblica, Dom Airton chamou a atenção para o fato de que, às vezes, o Senhor caminha conosco, explica tudo, parte o pão e nós não o compreendemos, como os dois discípulos de Emaús. “O Senhor está conosco em todas as circunstâncias: na alegria, na tristeza, na saúde e na doença. O Senhor está conosco e caminha conosco”, pontuou.
Ainda em sua reflexão, o Arcebispo Metropolitano de Mariana ressaltou que, ao serem ordenados, os jovens devem estar atentos. “Devem agir como servidores enviados pela Igreja, ordenados para serem sinais de Cristo, que veio para servir e não para ser servido”, salientou.
Por fim, Dom Airton recorreu à leitura do livro de Atos dos Apóstolos (6, 1-7b), para explicar sobre a missão do diácono. “Qual é o primeiro serviço do diácono, portanto? Servir a mesa. É o serviço da caridade. Isso é material, isso é humano. É realizar na sua vida, como testemunho, as obras de misericórdia: […] dar comida a quem tem fome, vestir os que estão nus, visitar os presos, enterrar os defuntos. São coisas materiais, mas são nessas coisas materiais nós damos o testemunho verdadeiro da nossa fé”, disse o Pastor desta Igreja Particular, desejando ainda que os jovens vivam plenamente o ministério do diaconato.
Após a homília, foi procedido o rito de ordenação com a manifestação do propósito dos eleitos, a oração da ladainha de todos os santos, a imposição das mãos e o revestimento com as vestes litúrgicas. Finalizado o rito, os diáconos serviram pela primeira vez no altar, preparando-o para as oferendas.
Ao final da celebração, foram entregues aos novos diáconos os atestados de ordenação. Na oportunidade, o Reitor do Seminário São José, Padre Sérgio José da Silva, anunciou as paróquias em que os novos diáconos exercerão os seus ministérios.
Diác. Carlos Geovane Nunes Magri: Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Piranga (MG);
Diác. Fabrício Lopes Fernandes: Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Urucânia (MG);
Diác. José Mário Santana Barbosa: Paróquia Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto (MG).
O diaconato é o primeiro grau do sacramento da Ordem, sendo os seus ministros ordenados para os serviços da Caridade, da Palavra e do Altar. Para os candidatos ao sacerdócio, como no caso dos três jovens, é exercido de forma transitória, enquanto aguarda a ordenação presbiteral.
Rito de imposição das mãos.
Vocação: graça e missão
A celebração marcou também o encerramento do 3º Ano Vocacional no Brasil que teve como tema “Vocação: graça e missão”. Conforme o Promotor Vocacional da Arquidiocese de Mariana, Padre Rosemar Marcos Condé, essa iniciativa teve como intuito trabalhar e promover todas as vocações.
“É com alegria que concluímos este 3º Ano Vocacional com uma ordenação diaconal, mas consciente que todas as vocações são importantes para a vida da nossa Igreja”, declarou.
Segundo o sacerdote, ao concluir esse ano com a ordenação, “louvamos a Deus pela vocação à vida sacerdotal, à vida consagrada, e pedindo a que Ele possa continuar promovendo e chamando jovens para o ministério sacerdotal na nossa Igreja”.
Para o Diácono José Mário, ter sido ordenado às vésperas do encerramento do ano dedicado às vocações foi um momento especial. “É uma ocasião de render graças a Deus pela sua grande misericórdia para comigo, que olha a minha pequenez e quer contar comigo, que sou um servo dispensável em sua vinha”, disse.
“Agradeço muito a Deus por ter me chamado, aos meus colegas de turma, e peço que todos rezem por nós, para que sejamos fiéis a esse ministério no serviço a Deus, nas pessoas mais necessitadas, no altar e na proclamação da palavra”, completou o Diácono José Mário.
De acordo com o Diácono Carlos Geovane, a ordenação é a corroboração do chamado de Nosso Senhor em sua vida. “Essa celebração eucarística da ordenação diaconal representa uma confirmação de Deus e, ao mesmo tempo, uma exortação a continuar me configurando a Jesus Cristo, o Bom Pastor, agora no serviço do diaconato, no serviço do ministério ordenado no primeiro grau da ordem, como diácono, no serviço da caridade, da palavra, do altar. Para mim, além dessa confirmação, dessa exortação, é uma grande emoção. É uma alegria muito grande, quase que poderia dizer inenarrável”, sublinhou.
Família: berço de vocações
Diácono Fabrício e o seu pai, o Diácono Lautair.
Mostrando a intrínseca relação entre a vocação e as famílias, dentre os diáconos ordenados, está Fabrício Lopes Fernandes, cujo pai, Lautair Lopes Fernandes, é diácono permanente do clero marianense. “Um momento muito único, especial, viver isso em família, com o meu pai, no ministério ordenado do diaconato”, descreveu o Diácono Fabrício sobre esse fato.
Durante um dos ritos de ordenação, quando os candidatos são revestidos com a estola e a dalmática, vestes próprias para o serviço do altar, o Diácono Fabrício teve a graça de contar com o auxílio do seu pai. “Esse gesto simbólico também da família presente, da família que celebra. Tudo é família! Ser de Deus é viver isso, esse jeito de ser”, afirmou o novo diácono.
Fotos: Thalia Gonçalves
Fonte: PASCOM
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