Paróquia São João Batista

Na manhã do último dia de missão, moradores e missionários realizaram uma caminhada por ruas da comunidade, rezando o terço e refletindo sobre as 7 alegrias de Nossa Senhora: 1ª) Anunciação pelo Anjo Gabriel; 2ª) Visita a sua prima Isabel; 3ª) Nascimento de Jesus em Belém; 4ª) Adoração dos Reis Magos; 5ª) Maria e José encontram Jesus no templo; 6ª) Maria vê Jesus Ressuscitado e 7ª) Assunção de Maria e sua Coroação.

Em seguida, os missionários se encontraram com os jovens da comunidade na capela onde conversaram sobre o Ano Vocacional de 2023 que tem como tema “Vocação: Graça e Missão” e lema “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). 

Os cinco missionários (Frei Gilberto, Pe Eduardo, Frei Clécio, Santinha e Renan) recordaram os discípulos de Emaús que, ao escutarem a Palavra do Ressuscitado, sentiram seus corações  ardendo e se colocam a caminho para anunciar o encontro com o Cristo. Frei Gilberto falou aos jovens: “uma Igreja jovem é uma Igreja alegre e vocês podem transformar a sociedade”. Destacou a importância de bons companheiros de caminhada: “seus amigos puxam vocês para frente ou para trás?”, questionou? “Quem só anda para trás morre e caminhar sozinhos não nos ajuda a ter clareza para onde estamos indo.”

Às 14h, a equipe voltou à capela para Celebração da Eucaristia e encerramento da visita missionária. Quem presidiu a celebração foi Pe Eduardo e Frei Gilberto falou à comunidade durante a homilia. Avaliando a missão junto à Comunidade Nossa Senhora das Graças, fez os seguintes apontamentos: “Esta é uma comunidade muito rica, muito alegre, mas ainda adormecida. Vocês têm condições de ser uma comunidade mais viva. Vimos aqui muitas forças, desde crianças até idosos”, disse. 

“Saímos daqui com uma grande esperança que vocês sejam uma comunidade cada vem mais vibrante e lutem sempre para melhorar seu espaço físico. Que possam viver sempre sob a proteção de Nossa Senhora das Graças. Graça significa alegria e Nossa Senhora foi uma mulher muito feliz, apesar das dificuldades. Essa graça precisa ser partilhada com entusiasmo”, defendeu. 

Frei Gilberto motivou a todos a participarem da Celebração da Palavra e dos Grupos de Reflexão: “A Palavra é um presente para nós. Precisamos retomar com vigor os grupos de reflexão. Visitamos tantas pessoas que não têm condição de vir rezar aqui na capela. Visitá-las e rezar com elas não é trabalho apenas da ministra da eucaristia que lhes leva a comunhão”. 

“Os Grupos de Reflexão ajudam muito, pois junta duas coisas importantes, a visita e a reflexão da Palavra. O coração que ouve a palavra arde e é impelido a sair e evangelizar. Como isso traz vida para a nossas comunidades!”, pontuou.

Também destacou a importância da oração constante e do cuidado com os mais fracos: “Quando confiamos em Deus, a gente nunca desanima. Cuidem das pessoas”, asseverou. 

Além disso, discorreu sobre a continuidade da missão que agora cabe à comunidade: “Vocês precisam de ministros, de gente que ajude no canto, na catequese, no Grupo de Jovens. Quanto mais gente ajudar, mais leve fica para todos”. 

E para encerrar, fez referência a São Francisco, que era um homem da alegria, encantado pela vida: “Não deixem de se encantar com a vida, plantem mais flores e árvores, façam jardins. Onde há flores há mais alegria e mais serenidade. Cuidem da vida e unam-se para lutar por soluções para os problemas da comunidade. Pensem juntos e ajam juntos. Que Deus os abençoe e façam de vocês uma verdadeira fraternidade”. E concluiu, motivando a todos a rezarem pelas vocações e incentivem os jovens a serem vocacionados.

Renam, que é postulante a frei, falou que os missionários foram muito bem recebidos nas duas comunidades da paróquia São João Batista e as descreveu como muito acolhedoras e animadas: “Foram dias de muitas bênçãos”, disse. 

Avaliando a semana de missão, Santinha que, além de pertencer à Fraternidade Franciscana, é agente da Pastoral Social da Arquidiocese de Leopoldina, revelou sua preocupação com muitas pessoas visitadas na Barrinha: “Eles nos acolheram com muito carinho e renovaram nosso ânimo, mas preocupa o número de pessoas idosas, depressivas, abatidas e de baixa autoestima”. 

Sobre a comunidade Nossa Senhora das Graças, os missionários destacaram a união: “É uma família, todos unidos e próximos. A convivência é pacífica entre católicos e evangélicos”. Mas lamentaram a fumaça dos fornos de carvão: “Toda noite, a fumaça incomoda. Há muita gente com problemas respiratórios”, revelou.

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