Comunidades

Festa de Nossa Senhora Aparecida: “Façam tudo o que o meu filho lhes disser”

Para festejar o Dia da Padroeira do Brasil foram celebradas missas, pela manhã, na Limeira e na igreja de São João Batista. À noite, a festa foi na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Bairro Amoras com a procissão saindo da capela São Francisco, no bairro Vau Açu.


Publicado em: 17/10/2023 09:37:00

Festa de Nossa Senhora Aparecida: “Façam tudo o que o meu filho lhes disser”

Na Paróquia São João Batista, após uma animada novena, as festividades do Dia da Padroeira do Brasil (12/10/23) tiveram início bem cedinho, às sete horas da manhã, na Ermida Nossa Senhora Aparecida, na Limeira, localizada na rodovia que liga Viçosa a Porto Firme (MG). A Ermida, que pertence à Comunidade São Geraldo (Piúna), recebe todos os anos centenas de fiéis que fazem uma caminhada penitencial para celebrar Nossa Senhora Aparecida, no início da manhã.

Às 9h30, foi celebrada missa na igreja de São João Batista com participação especial das crianças na celebração de seu dia. A festa maior aconteceu à noite, no Bairro Amoras, cuja comunidade tem Nossa Senhora Aparecida como padroeira. Às 18h a procissão saiu da Capela de São Francisco (Vau-Açu) e a imagem foi recebida com alegres cânticos e louvores dos fiéis em sua capela, onde, em seguida, o pároco, Padre Geraldo Martins, presidiou a missa festiva.

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Após a leitura dos textos bíblicos, o pároco reforçou a importância do Ano Vocacional que tem sido tema central das festas dos padroeiros comunitários este ano e disse que todos os batizados são chamados a conhecer profundamente Jesus Cristo e, de posse desse conhecimento que faz o coração arder, sair em missão para anunciar o reino de Deus. 

Disse que Maria é modelo dos missionários, pois assim que o Anjo lhe anunciou que seria a mãe do Filho de Deus, ela se antecipou às necessidades da prima Izabel e partiu para ajudá-la. “Maria se põe a caminho, pois sempre teve um coração ardendo de amor a Deus”, pontuou.

“Esta é a primeira lição que todo devoto de Maria deve aprender: tornar-se escravo para servir o Senhor no irmão, através da caridade e da justiça”, sublinhou. 

Pe Geraldo  defendeu que, como Maria fugiu para o Egito para proteger a vida de Jesus, igualmente nós precisamos cuidar daqueles que têm a vida ameaçada, como crianças, idosos, doentes e deficientes. Reforçou que a missão envolve também o cuidado com a natureza tão explorada e desrespeitada.

Pe Geraldo  acrescentou que quando Maria intercedeu pelos noivos em Caná, ela o fez pois sabia  que a falta do vinho significava o fim da festa: “Novamente Maria vê a necessidade dos irmãos e se apressa em ajudar.  Também nós precisamos servir as famílias que passam por necessidades ou não têm moradia adequada”, disse.

“Maria sabia que ela não era o vinho novo, mas sim o seu Filho. Como ela, precisamos levar o vinho novo a quem precisa. Infelizmente, às vezes, achamos as talhas pesadas demais e não levamos o vinho do amor e do perdão; não assumimos como nossas as lutas dos irmãos por vida digna”, apontou.

“Maria nos ensinar que, para o cristão, não há carreira solo. É preciso viver a partilha em comunidade, caminhando juntos. Eu não consigo entender o católico que, impossibilitado de participar da Missa, não participa da Celebração da Palavra. O Corpo de Cristo é o mesmo e a Palavra celebrada também é a mesma”, argumentou.

“Celebrando juntos a Palavra, nosso coração irá se aquecendo para nos colocarmos a caminho. Se assim fizermos, estaremos honrando a filiação de Maria, que nos ordena: ‘façam tudo que o meu filho lhes disser’. Que Maria nos ajude a viver essa palavra hoje e sempre”, concluiu.

Após animadas homenagens a Nossa Senhora, a festa continuou com músicas e comidas nas barraquinhas.

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