Publicado em: 06/10/2023 10:49:00
Apesar do calor intenso, a capela estava cheia de rostos sorridentes que cantavam com júbilo as músicas da liturgia e acompanhavam atentas a Palavra de Deus.
Refletindo sobre a vida do padroeiro, o pároco, padre Geraldo Martins destacou que o jovem Francisco veio de uma família rica e, bastante rebelde, decidiu “aproveitar a vida”, provando de tudo que ela oferecia.
“Muitas pessoas fazem essa experiência de querer provar tudo que a vida oferece, mas depois percebem que o vazio humano não é preenchido pelas coisas do mundo. Francisco sentiu isso e percebeu que a vida só fazia sentido com Cristo”, pontuou.
“Quando fez a experiência com Cristo, tudo mudou e Francisco passou a imitá-lo. Imitar é próprio de quem ama, como diz Charles de Foucault. E a primeira coisa que Francisco fez foi renunciar à riqueza de sua família e optar pelos pobres. Por isso, até hoje atrai outros que querem fazer a mesma opção”, sublinhou.
Padre Geraldo explicou que Jesus falou para Francisco reconstruir a sua igreja “Essa igreja que somos nós precisa ser continuamente reconstruída pela sinodalidade, caminhando junta no serviço, na escuta e na misericórdia”, enfatizou.
Destacou que Francisco é exemplo de conversão para os cristãos e todos devem ouvir a voz do Papa Francisco que tanto tem lutado em favor de uma economia que privilegie o ser humano: “O capitalismo provoca em nós o desejo de possuir cada vez mais. Gastamos o nosso tempo para juntar dinheiro e coisas”, defendeu.
“O capitalismo faz com que os nossos desejos pareçam necessidades. Vai nos escravizando cada vez mais e nos tornando cegos às necessidades dos outros. Por isso precisamos “realmar” a economia, colocando o ser humano no centro; não o lucro”, reforçou.
O pároco prosseguiu refletindo sobre os ensinamentos de Francisco no que se referem à importância de todos terem o necessário para viver de forma digna: “O capitalismo nos leva ao individualismo. Por isso, os gananciosos não se preocupam com os pobres e nem com a natureza, que é explorada até a exaustão. Até a água, um bem universal, está sendo explorado pelo amor ao lucro”.
A missa foi encerrada com uma homenagem feita pelos jovens da comunidade ao padroeiro e, em seguida, todos se uniram nas barraquinhas para saborear um delicioso feijão tropeiro, caldos e pasteis. As crianças ainda se divertiram na barraquinha da pescaria.