Publicado em: 20/05/2024 07:19:00
A Solenidade de Pentecostes marca o nascimento da Igreja com a efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos, para que, sob o Seu poder, todos os povos tenham acesso à Boa Nova e à salvação.
Dia 18, a festa teve início com uma procissão por ruas do bairro. Em seguida, Padre Geraldo Martins acolheu a todos com alegria e, durante a homilia, explicou que a festa de Pentecostes é celebrada 50 dias após a Páscoa da ressurreição de Cristo.
Do evangelho de São João (Jo 20,19-23), que relata a aparição de Jesus crucificado ressuscitado a seus discípulos reunidos no cenáculo, mostrando-lhes as marcas da crucificação nas mãos, o pároco destacou três frases.
Fazendo referência à primeira delas, “a paz esteja convosco”, Pe Geraldo defendeu que a paz não é somente a ausência de guerra, mas, antes de tudo, uma vida vivida na alegria do Senhor, com acesso a tudo que é necessário a uma vida digna.
Sobre a segunda frase, “como o Pai me enviou, também eu vos envio”, destacou que Pentecostes marca o início da missão: “Todos são enviados a anunciar o Evangelho e a libertação, tendo o Espírito Santo como protagonista, como ator principal, da missão. Sem Ele não há missão, pois só ele é capaz de encher a todos de amor e de seus dons para anunciar”, disse.
“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados” foi a terceira afirmação de Jesus destacada pelo pároco. “O Espírito Santo é enviado para que as pessoas sejam perdoadas de suas faltas. Assim, paz, missão e perdão é o que recebemos no dia de Pentecostes”, sublinhou.
Em seguida, Pe Geraldo ressaltou duas características da missão: universalidade e unidade. Universalidade significa que a missão deve alcançar a todos: “a mensagem da libertação e da salvação é para todos sem distinção e a linguagem da missão é o amor”, acentuou.
“Quando falamos a linguagem do amor, que se traduz em gesto concreto de bondade, serviço e perdão, todos entendem. Se o missionário não se revestir de amor, sua mensagem não será entendida e a missão não produzirá frutos. E ninguém pode falar a linguagem do amor se não for pelo Espírito Santo, que é o amor entre o Pai e o Filho”, explicou.
Discorrendo sobre o Ano Missionário Paroquial, destacou que todos os fiéis são importantes para a efetividade da missão: “Precisamos de todos vocês para irmos ao encontro dos que estão sofrendo, isolados, desiludidos, afastados ou sem esperança”.
“Precisamos de todos vocês para levar a eles a mensagem do amor. Não é tanto para trazê-los para a Igreja, mas para lhes comunicar que Deus os ama. Se a nossa comunicação for efetiva, acenderemos no coração deles um grande desejo de conhecer mais a Deus e atuar na comunidade”, afirmou.
Pe Geraldo acrescentou outra característica da missão que é viver a unidade na diferença, na diversidade de dons. “Viver a unidade significa respeitar e valorizar os dons do outro. Só o Espírito Santo nos faz viver na unidade. Quanta divisão há entre nós porque não sabemos respeitar o outro. Viver a unidade é diferente da uniformidade, onde tudo é igual”, reforçou.
“Que cada um de nós que aqui estamos abra seu coração para que o Espírito Santo renove em nós os seus dons e nos torne anunciadores da paz e do perdão, para que, então, todos sejamos um em Cristo”, concluiu.
Todas as noites da novena e da festa, os participantes se reuniram para confraternização nas barraquinhas de pastéis e caldos.
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