Paroquial

Alegria e emoção marcam a festa do padroeiro São João Batista

A preparação da festa teve início no dia 1º de junho com a visita da imagem do padroeiro às 14 comunidades da paróquia. No dia 15, começou a novena com as missas presididas pelos padres da forania de Viçosa meditando sobre o cuidado da vida ameaçada.


Publicado em: 25/06/2021 18:14:00

Alegria e emoção marcam a festa do padroeiro São João Batista

A paróquia São João Batista, em Viçosa (MG), celebrou a festa de seu padroeiro nesta quinta-feira, 24, com três missas marcadas pela alegria e animação dos fiéis. Pela manhã, o pároco, padre Geraldo Martins, presidiu a primeira missa, às 7h. À tarde, o viçosense padre Alex Martins, que está de malas prontas para a missão em Porto Velho (RO), presidiu a missa das 15h. 

Concelebrada pelo pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Viçosa, Côn. Lauro Versiani, pelo padre Alex e pelo diácono Bruno Gomes, que auxilia na paróquia São Silvestre, de Viçosa, a missa que encerrou a festa, às 19h, também foi presidida pelo pároco. 

Cuidado com a vida

Padre Geraldo convidou a assembleia a olhar para o nascimento de João Batista a fim de perceber a grandeza de Deus e seu amor no cuidado com a vida. “O Senhor premiou Isabel e Zacarias, que não podiam ter filhos, de maneira extraordinária e lhes concedeu a graça de gerar uma nova vida por serem fiéis e justos”, destacou lembrando as circunstâncias do nascimento do Batista.

ultimo-dia“São João Batista é o encontro do Antigo Testamento com o Novo Testamento. Representa o antigo e anuncia o novo”, disse, citando Santo Agostinho. “No nascimento de João Batista, Deus transforma a esterilidade em fecundidade e o mutismo de Zacarias em voz que anuncia o novo”, completou.   

O pároco exortou a assembleia a valorizar a vida de toda a criação, como dom de Deus, na perspectiva de ecologia integral, como instruído pelo Papa Francisco na Encíclica Laudato Si. “Todo o universo está interligado e a teologia da Criação nos convida a entender o ser humano como obra prima de Deus, como aquele que tem a responsabilidade de cuidar de toda a criação de Deus, opondo-se a tudo que não considera a vida como dom, como presente”, observou.

E defendeu: “aquele que realmente faz o encontro com Cristo se compromete verdadeiramente com a vida e se coloca como seu defensor intransigente da vida desde a sua concepção até a sua morte natural. Defende também o meio ambiente, colocando-se contra tudo aquilo que explora até a exaustão a nossa casa comum; que destrói as matas, as nascentes, os rios, a fauna, a flora. Quem agride a natureza agride também a pessoa humana”, sublinhou. 

“Pudemos refletir, ao longo da novena, sobre tantas ameaças à vida: aborto, violência, guerras, intolerância, discriminação, pecado e mal. Tudo isso que chamamos cultura de morte”, destacou o pároco. E indagou: “Qual o caminho para cuidar da vida ameaçada dos indígenas, dos quilombolas, dos discriminados por causa da sua orientação sexual, das crianças, dos trabalhadores e trabalhadoras?”. 

Padre Geraldo apresentou três atitudes de São João Batista como resposta à sua pergunta: a profecia para denunciar tudo o que agride a vida; a opção por uma vida simples e austera que diga não à economia do lucro que torna o ser humano descartável e, finalmente, a conversão verdadeira ao Evangelho. “O nosso grande desejo, nosso grande sonho é nos encontrar com Cristo, mas só o encontraremos à medida que nos colocarmos ao lado da vida em todas as suas manifestações. Que Deus nos dê a graça de compreender a grandeza desse profeta e imitar-lhe as virtudes e os valores que  testemunhou com sua vida”, concluiu.

Padre Alex

alexNa missa das 15h, padre Alex explicou que, nos tempos de João Batista, o Judaísmo passava por um período de crise, hipocrisia e decadência. Esclareceu que os líderes viviam de aparências, colocando nos ombros do povo, fardos pesados que eles mesmo não conseguiam suportar. “Por isso, Deus enviou João para preparar os caminhos de seu filho; para alertar o povo para sair da hipocrisia e viver uma fé autêntica. E mesmo com a afirmação de Jesus de que João era o maior entre os nascidos de mulher, João se faz como o mais humilde dos homens: ‘não dou digno nem de desamarrar as correias de suas sandálias’”, sublinhou. 

Trazendo o texto do Evangelho para os tempos atuais, o celebrante pontuou que também “estamos vivendo um tempo de crise” e se referiu à pandemia como uma “terrível tempestade” pela qual o mundo passa. “Peçamos a São João Batista que suscite profetas capazes de transmitir o frescor de Cristo em tempos tão difíceis. Precisamos de homens e mulheres que, como João Batista, apontem o caminho verdadeiro”, acentuou. 

Padre Alex pediu que o povo rezasse por ele considerando a nova missão que assumirá. “A missão se faz com os pés dos que partem e com as orações dos que ficam”, defendeu.

Agradecimentos

A coordenadora paroquial de pastoral, Flaviana Arruda Pontes, agradeceu aos organizadores da novena e da festa. Ela destacou “o trabalho e a participação de todos aqueles que tornaram possíveis a novena e a festa”. Lembrou os que fizeram as doações de flores, de alimentos para as cestas básicas e das comunidades que doaram os mantimentos para os pratos típicos vendidos na barraquinha. 

O pároco também fez seus agradecimentos destacando a importância de todos que trabalham no anonimato e no escondimento. Ele ainda lembrou algumas atividades que foram novidade na festa deste ano como a visita da imagem de São João Batista às comunidades antes da novena, a oração do Ofício Divino das Comunidades pela manhã, a acolhida dos coroinhas, a missa das crianças que farão a primeira eucaristia e a carreata de São João Batista.

Atualizada em 26.6.21 às 11h30

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Fonte: Secretaria paroquial

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