Publicado em: 27/03/2022 13:00:00
O apelo pela paz invocado pelo Papa Francisco está ligado às aparições de Nossa Senhora de Fátima em 1917, em Fátima (Portugal). Segundo a Igreja Católica, Nossa Senhora havia pedido a consagração da Rússia a seu Imaculado Coração.
A data da consagração foi escolhida pelo Papa por ser a Solenidade da Anunciação do Senhor, quando celebramos o mistério da Encarnação do Verbo de Deus na Virgem Santíssima. O dia 25 de março é exatamente nove meses que antecede a Solenidade do Natal de Jesus Cristo. Além disto, a celebração traz o Sinal do Deus tão esperado para a Salvação da humanidade. Por isso as Leituras e o Evangelho enfatizam o Emanuel nascido da Virgem, a Anunciação do Anjo à Maria e Jesus Cristo como sinal de Libertação.
Durante a homilia, o pároco, Padre Geraldo Martins, destacou que “Jesus é o verbo encarnado, que vem para salvar a todos. Ao assumir nossa humanidade, Ele vive a nossa história, e Maria é parte essencial desse mistério, porque foi escolhida para ser a mãe do Senhor”.
“Maria era tão cheia de Deus, que nela não havia espaço para o pecado. Quando ela pergunta ao anjo: ‘como isso irá acontecer?’, ela não o faz como quem duvida, mas como quem quer saber o que fazer para realizar a vontade de Deus. E ela compreendeu que Deus nunca deixa sozinho quem Ele convida para fazer sua vontade, ou seja, Ele sempre vai junto”, pontuou.
Sobre os tempos atuais, Padre Geraldo questionou: “Por que ainda acontecem tantos conflitos?” E esclareceu: “Porque ainda não nos deixamos guiar totalmente pela graça de Deus que nos faz ver o outro como irmão, a quem devemos amar e servir”.
“Nada explica a guerra! Nada explica a indiferença de um irmão com o outro ou de um querer mandar no outro. Precisamos assumir o compromisso de rezar pela paz e fazer todo o possível para que ela reine no coração de todos”, defendeu.
“A guerra não pode nascer no coração de quem ama Cristo. Somente servindo ao outro, estaremos agindo como imagem e semelhança de Deus. Que Nossa Senhora interceda ao Pai para que a Rússia e a Ucrânia dialoguem e cheguem a um acordo que beneficie às duas partes. E que Deus, em sua infinita bondade acolha nosso clamor em favor daqueles que sofrem com a guerra”, concluiu.
Ao final da liturgia penitencial, o pároco e a assembleia rezaram juntos a oração para consagrar e confiar a humanidade, especialmente a Rússia e a Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria.