Paróquia São João Batista

Nas dependências do hospital, o Pároco, Pe Geraldo Martins, leu o primeiro Evangelho do dia, que descreve a entrada de Jesus, montado em um jumentinho, em Jerusalém.  Abençoou os ramos trazidos pelos fiéis e todos caminharam até a Igreja de São João Batista. 

Durante a homilia, o pároco disse que a Quaresma é uma caminhada onde os cristãos são convidados a uma conversão verdadeira, para celebrar na Páscoa,  a festa da vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal.

Pe Geraldo explicou que a liturgia do Domingo de Ramos contempla Jesus no Monte das Oliveiras, onde é aclamado como o rei prometido, como aquele que o povo tanto esperava. “Esse é o Rei que deveria libertá-los do poder que os oprimia”, disse.

Destacou que, na  concepção do povo, Jesus deveria vir como um rei glorioso, mas Ele se mostra um rei diferente, montado em um jumentinho, animal próprio de quem é pobre.

Pe Geraldo reforçou que as profecias que falavam de  Jesus o descreviam como o servo que tem uma língua adestrada para confortar quem está caído ou desanimado. “Esse discípulo não tem medo de sua missão, pois sabe que Deus é seu auxiliador: ‘Eu não serei humilhado’. Aprendamos com Cristo, servo que se esvaziou de si mesmo para fazer a vontade do Pai”, sublinhou.

“A vida de Jesus foi uma descida constante. Ele ocupou o último lugar, de tal maneira que ninguém mais consegue tomar o último lugar. Precisamos aprender que esse Rei que Deus nos deu para nos salvar”, asseverou.

O pároco também descreveu os personagens presentes na cena da paixão de Cristo e citou os grupos religiosos que se reuniram, para pedir a sua morte, pois estavam incomodados com esse Rei pequeno e amigo dos pobres. “Os pequenos quando se organizam e lutam por seus direitos incomodam os grandes”, lembrou.

Pe Geraldo citou Dom Oscar Romero, bispo de El Salvador que lutou contra a ditadura em seu país. O dia de hoje é aniversário de seu assassinato, ocorrido em 1980. Ameaçado de morte ele respondeu: “Não acredito na morte sem ressurreição. Se me matarem, eu ressuscitarei no povo salvadorenho”. 

“Pilatos, símbolo do poder político, deixou matar Jesus, não porque viu nele algo errado, mas para não perder o poder ou não ficar mal diante da população. Eu desejo que nesta Semana Santa possamos olhar para Jesus e constatar em nossas vidas que, verdadeiramente, Ele é o filho de Deus”, concluiu. 

Para encerrar, Pe Geraldo elogiou a participação dos jovens na liturgia e informou que o Domingo de Ramos fora instituído Dia da Juventude pelo Papa João Paulo II.

Às15h30 também houve bênção de ramos, procissão e missa na Comunidade São José, nos Nobres e, às 19h, missa na Igreja São João Batista.

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