Publicado em: 04/06/2024 19:30:00
Segundo Regiane, a luta da Comissão começou em abril do ano passado, cobrando, entre as obras, a construção da ponte que liga a Avenida São João Batista ao bairro São José, conhecido como Laranjal, próximo ao trevo denominado Nove Cruzes. “Esse acesso foi destruído com as chuvas de 2012. Atualmente temos um projeto pronto e aprovado pelo Geoplam que está com o secretário de obras, orçado em R$ 2,5 milhões”, disse.
A Comissão reivindica também a reconstrução definitiva do trecho que liga a Avenida São João Batista ao Vale do Sol, no local denominado de Pacheco. “Solicitamos a reconstrução definitiva (deste trecho) porque (soluções) paliativas já foram feitas muitas. O trecho hoje está totalmente interditado e a pé se passa com dificuldade”, observou.
O recapeamento da Avenida Joaquim Jacob Lopes de Castro e Gumercindo Iglesias e uma solução para a chamada Ponte do Valter também estão entre as reivindicações da Comissão.
Regiane fez breve histórico da luta da Comissão, recordando duas reuniões da comunidade com representantes da prefeitura, das quais participaram mais de cem pessoas no Salão Paroquial da Paróquia São João Batista. Destacou, ainda, que a Comissão que ela representa já se reuniu algumas vezes com o prefeito municipal, com o secretário de obras e outros secretários municipais na busca de solução para suas reivindicações.
“Na última quarta-feira, 29/5, enviamos um ofício ao secretário de obras questionando sobre a reconstrução da passagem que liga a Avenida São João Batista ao Vale do Sol, uma vez que na reunião que tivemos com o secretário de obras e outros secretários na prefeitura, no dia 18/03, nos foi comunicada a previsão de começar as obras no início de maio. Hoje já é dia três de junho e, infelizmente, até o momento, nada foi feito, nada se concretizou”, disse Regiane.
Regiane questionou o que a Câmara tem feito para apoiar a luta da Comissão. “Até quando teremos que nos submeter à falta de vontade política que nos priva de nossos direitos?”, indagou.
Vários vereadores reagiram à cobrança feita por Regiane. Marcos Fialho (PP) informou que seu gabinete está aberto à Comissão e que já disponibilizou uma emenda para a obra. Acrescentou que um empresário da cidade havia manifestado disposição em ajudar a reconstruir a passagem, mas como o Executivo municipal não agilizou a obra, ele desistiu. “O Executivo tem mecanismos de fazer aquela passagem com a utilização de emendas parlamentares e com apoio de empresários que estão interessados em reconstruir (essa passagem)”, comentou o vereador.
A vereadora Marly Januário (PRD) disse que compreende a frustração da comunidade, mas que os vereadores “não podem fazer nada mais do que indicar ao prefeito o que precisa ser feito”. Já Rogério Fontes (PP), conhecido como Tistu, observou que as comunidades que estão requerendo as obras “têm se sentido abandonadas” e que as obras estão ficando “cada vez mais caras porque não foram feitas as obras emergenciais no tempo oportuno”. Segundo o vereador, há obras que não são feitas por falta de empatia e de competência da atual gestão.
O vereador Sérgio Marota (PP) disse que esteve com o secretário municipal de obras e serviços urbanos, André Luís da Silva Ricardo, de quem ouviu que a obra de reconstrução da avenida São João Batista com o Vale do Sol será feita ainda este ano, antes do período chuvoso. O vereador mostrou o “novo projeto” que será executado pelo Cimvalpi e disse ter conseguido, junto ao deputado federal Rodrigo de Castro (UNIÂO), uma emenda parlamentar no valor de R$ 400 mil que será acrescido ao valor de outra emenda já conseguida pelo deputado federal Padre João (PT). Ele destacou que vários vereadores estão apoiando essa causa.
Contestando Sérgio Marota, a vereadora Vanja Honorina (UNIÂO) disse que o projeto “está pronto há muito tempo e que estão enrolando descaradamente. É uma falta de respeito com aquelas pessoas que estão ali sofrendo”.
Para o vereador Professor Bartô (PT), a Câmara tem feito “aquilo que cabe ao poder legislativo”. Ele disse sentir-se “envergonhado” de pertencer ao poder público e ter que escutar que a ponte do Laranjal está sendo reivindicada há doze anos. “Aí fica a pergunta: com quantos prefeitos se faz uma ponte?”, questionou.
Imagens: Câmara Municipal de Viçosa