Publicado em: 25/06/2024 16:07:00
Para celebrar a festa de seu padroeiro, as 16 comunidades paroquiais investem muito tempo e trabalho na preparação de cada dia da novena, uma vez que cada uma delas fica responsável pela liturgia e pelas barraquinhas em um dos dias da festa.
Com a paróquia é composta de 16 comunidades, oito urbanas e oito rurais, a missa da manhã que antecede a festa de São João é, por tradição local, atribuída às comunidades rurais que preparam a liturgia e atuam na celebração, com o seu jeito simples de ser, sempre com muita alegria e belas cestas de frutas e legumes, trazidas durante a procissão do ofertório.
No último domingo, dia 23, as comunidades rurais ficaram responsáveis pela liturgia da missa da manhã e pelas barraquinhas que acontecem à noite, ou seja, um dia inteiro dedicado a oferecer o seu melhor para a festa do padroeiro, sem contar, obviamente, com todo a preparação dos dias anteriores.
Pe João Batista Barbosa concelebrou a missa com o pároco, Pe Geraldo Martins, que presidiu a missa das 9h30 nesse domingo. Pe Geraldo refletiu sobre o Evangelho que relata a tempestade enfrentada pelos discípulos enquanto Jesus dormia na barca e o associou ao tema de reflexão proposto para o encerramento da novena: “Maria, mãe da evangelização”.
O pároco explicou que ao dizer que iria para outra margem, Jesus convidou os discípulos a se desinstalarem para irem ao encontro dos que estavam mais distantes. “A travessia do mar para ir ao encontro do outro, o diferente, pode ser calma ou turbulenta, mas ninguém vai sozinho, pois Cristo vai junto dentro da barca”, disse.
“Hoje você também é chamado para estar na barca e ir para a outra margem, que pode ser para encontrar os afastado ou mesmo alguém de sua comunidade eclesial. A tempestade pode ser os corações endurecidos, a pobreza, a violência ou outras situações que você terá que enfrentar”, pontuou.
Defendeu que Maria é modelo para todo aquele que se dispõe a ir para a outra margem, porque ela sempre esteve em saída missionária, enfrentando os perigos da estrada. “A primeira vez foi logo que ficou sabendo que Isabel estava grávida e saiu para ajudar a prima idosa. Esse foi o primeiro anúncio que Maria fez de Cristo, ainda em seu ventre. Ela saiu do conforto da própria casa, para se colocar em missão”, sublinhou.
O pároco citou também a fuga de Maria e José para o Egito para proteger a vida ameaçada do Menino Jesus. “Para chegarmos à outra margem, precisamos ter fé. É a fé que nos faz vencer as tormentas. Se Jesus está em nossa barca, não nos cabe o desespero. Ele tem o poder de vencer as tempestades e o mal”, afirmou.
“Maria não iria ao encontro de Isabel se não fosse sua fé. Ela não iria para o Egito se não acreditasse na Palavra de Deus. Ninguém pode evangelizar se não acredita. Ninguém pode dizer que Eucaristia é alimento e que a Palavra é luz, se não acredita. Maria foi movida pela fé em todos os momentos, mesmo quando não compreendia o que estava acontecendo”, disse.
“Em Jesus encontramos o sentido do nosso existir e passamos a viver dele e para Ele, como nos diz Maria nas Bodas de Caná: ‘Façam tudo o que ele lhes mandar’. Se soubermos quem é Jesus não teremos medo de ir para outra margem e jamais duvidaremos de sua força que liberta e salva. Maria, modelo de evangelização, ajude-nos a sermos todos missionários e missionárias e irmos para outra margem, corajosamente, para anunciar que só em Cristo encontramos vida verdadeira”, concluiu.
Para encerrar a missa, Pe Geraldo convidou todas as pessoas das comunidades rurais para se aproximarem do altar para cantar o hino de São João Batista. Também chamou as crianças para cantarem “Parabéns” para os aniversariantes e para Carmem Lúcia e Sebastião, que comemoravam 25 anos de casados.
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