Publicado em: 12/04/2022 07:39:00
A missa foi celebrada pelo pároco, Padre Geraldo Martins, que durante a homilia, refletiu sobre a entrada de Jesus em Jerusalém, centro do poder político e religioso do povo judeu. “Com Jesus, o povo viu renascer sua esperança. Portanto, sua entrada em Jerusalém é motivo de alegria esperançosa, pois ali Ele vai consumar seu maior ato de entrega pela humanidade”.
O pároco explicou a liturgia do Domingo de Ramos, a partir de três grupos de personagens: as autoridades, a multidão e Jesus. Pontuou que o julgamento de Jesus era, ao mesmo tempo, político e religioso. Político porque Jesus dizia ser o Rei dos Judeus e religioso por se revelar como Filho de Deus. Como as autoridades se caracterizam pelo desejo de se manter no poder, temem que Jesus tome o lugar delas. Por isso, agem violentamente, à margem da lei.
“Fico pensando na responsabilidade dos líderes que hoje têm a missão de cuidar da vida. Quando se deixam levar pelo desejo de poder, correm o risco de agir como as autoridades dos tempos de Jesus. Mas Ele não veio para tomar o poder. O reino que Ele quer é da fraternidade universal, onde não haja opressores nem oprimidos. Ele quer que todos caminhem juntos, cuidando da felicidade uns dos outros”, disse.
Sobre a multidão que, a princípio, aclama Jesus e depois pede sua crucificação, padre Geraldo explica que ela age assim, incitada pelas autoridades e reflete também sobre os tempos atuais, pela importância de o povo conhecer e retirar do poder aqueles que só pensam em si mesmos. “Empoderem os pobres e os humildes, para que sejam sujeito de sua história”, enfatizou.
E finalmente, o celebrante convidou a assembleia para olhar para Jesus que fala pelo seu silêncio, que dá as costas para baterem na certeza de que somente do Pai vem o seu auxílio.
Lembrando o Dia Mundial da Juventude, padre Geraldo motivou os jovens a buscar em Jesus a força para serem protagonistas de uma nova sociedade. “Que vocês, queridos jovens, tomados pela energia que lhes é peculiar, busquem uma educação libertadora e sejam agentes transformadores, a partir do lugar onde estão”, pontuou.
“Queremos uma juventude de pés no chão, que tenham coragem para dizer não a um consumismo que desumaniza. Que, como Jesus, saibam silenciar quando necessário, mas que também saibam lutar e construir o reino que Ele inaugurou entre nós”, concluiu.