Publicado em: 13/08/2023 18:57:00
Quem conduziu a parte de formação foi o pároco, Pe Geraldo Martins, que apresentou e refletiu sobre os dois primeiros capítulos do documento da Igreja "Animação da Vida Litúrgica no Brasil", produzido na 27ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que ocorreu em Itaici, SP, em 1989. O documento está disponível para acesso no site da paróquia em https://www.saojoaobatistavicosa.com.br/arquivos.
Após o Ofício Divino, o pároco acolheu os participantes com alegria e reafirmou que as Equipes de Liturgia são todos os agentes de pastoral que se dedicam, de alguma forma, à realização das celebrações, começando por quem limpa a igreja, passando pelos decoradores e chegando aos que atuam de forma mais direta como músicos, leitores e ministros da eucaristia: “Todos nós somos da Equipe de Liturgia, atuando em diferentes funções”, disse.
Pe Geraldo destacou que a liturgia é o cartão de visita de toda comunidade eclesial e, por isso, toda celebração deve ser sempre muito bem preparada, para evitar toda forma de ruído, ou seja, tudo aquilo que tire atenção do mistério celebrado que é a Paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
Enfatizou que os comentaristas devem evitar iniciar as celebrações, convidando a assembleia para acolher o celebrante, pois todas as pessoas que ali estão são celebrantes. “Melhor seria dizer, ‘acompanhemos com atenção a procissão de entrada’”, pontuou.
Do capítulo 1, refletiu sobre os desafios enfrentados pelas comunidades eclesiais para promover a participação ativa, consciente e frutuosa dos fiéis nas celebrações, fazendo, com criatividade e adaptação, bom uso de meios como folhetos, cantos, símbolos, nos contextos urbanos e rurais, de forma que as celebrações unam fé, Palavra e vida da comunidade.
Também falou da importância de integrar de forma adequada o Ano Litúrgico e as demais celebrações temáticas como Mês da Bíblia, Dia das Missões, Mês Vocacional etc. Mencionou as riquezas da religiosidade popular e o cuidado que se deve ter para integrá-la na Liturgia, como forma de valorização da cultura do povo brasileiro.
Do capítulo II do documento, refletiu sobre a importância da celebração na vida do ser humano. “Celebrar é parte integrante da vida humana, que é tecida de trabalhos e de festas, de horas gastas na construção e espaços destinados a usufruir de seus resultados” (parágrafo 37).
O pároco também reforçou que a celebração eucarística faz memória do passado do Povo de Deus e da morte e ressurreição do Senhor, atualizando-os no tempo presente. Em seguida, refletiu sobre o significado dos símbolos (objetos e gestos) que compõem a liturgia . Pontuou que as celebrações devem valorizar a vida das comunidades, suas vitórias e perdas, com cuidado para não ignorar partes importantes do rito e nem apresentar uma obediência cega às normas.
O final do encontro foi de aspecto mais prático, quando os agentes apresentaram ao pároco suas dúvidas com relação a gestos e símbolos da missa e da celebração da Palavra. Para concluir, todos se uniram para um animado café e partilha de diferentes lanches.