Paroquial

Festa da trabalhadora e do trabalhador rural volta a ser celebrada

A comunidade de Nossa Senhora das Graças, no Córrego São João, acolheu, neste domingo, 30 de julho, a 11ª Festa da Trabalhadora e do Trabalhador Rural, promovida pela paróquia São João Batista. Este ano o tema foi “No Campo e na Cidade, nossa luta é por direitos e igualdade”.


Publicado em: 30/07/2023 22:28:00

Festa da trabalhadora e do trabalhador rural volta a ser celebrada

A Paróquia São João Batista que foi criada em 2005 e, a partir dessa data, o evento aconteceu em Pau de Cedro (2006, 2012, 2018), Nobres (2005, 2011 e 2019), Córrego São João (2007, 2023), Piúna (2008), Duas Barras (2009) e Paiol (2010). A festa foi suspensa entre os anos 2013 e 2017, mas retomada em 2018. Por causa da pandemia, não aconteceu de 2020 e 2022. 

Nesse domingo, a festa teve início com a concentração dos participantes na entrada da comunidade, às 14h. Em seguida, caminharam até a capela Nossa Senhora das Graças, onde foi celebrada a missa, às 15h, presidida pelo padre João Batista Barbosa e concelebrada pelo pároco, Pe Geraldo Martins, que fez a homilia. À frente da caminhada estavam dois carros de bois, um deles levando a imagem de Nossa Senhora das Graças, padroeira da comunidade, e atrás do povo estavam dois tratores.

Durante a homilia, padre Geraldo falou da importância da festa, em primeiro lugar, para celebrar a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores do campo. Em segundo lugar, para motivar a luta dessas/es trabalhadoras/es e ser solidários a eles e elas em suas reinvindicações por condições dignas de vida e trabalho.

“Essa luta é pela manutenção contínua das estradas de forma a facilitar o escoamento dos produtos rurais e por transporte público com horários que atendam às suas necessidades. Também por saneamento básico e coleta de lixo nas comunidades rurais. Essa luta é das trabalhadores e trabalhadores e também da Igreja”, destacou.

“A festa também é para motivar o combate ao uso do agrotóxico que mata a natureza e o ser humano. Também pelo fim da poluição com a queima de carvão aqui nesta comunidade Nossa Senhora das Graças, que causa muitos danos à saúde dos moradores”, reforçou.

O pároco também apresentou outra demanda das trabalhadoras que é a construção do 'Barracão do Produtor/a', em Viçosa, para funcionar como um mercado onde as produtorase produtores rurais possam vender continuamente seus produtos diretamente à população. Além disso, falou da urgência do cuidado com o meio ambiente e a água. Um panfleto com estas reivindicações das trabalhadoras e trabalhadores rurais foi distribuído aos participantes durante a festa durante a caminhada. 

O Centro de Tecnologias Alternativas (CTA) e a Escola Família Agrícola Dom Luciano (EFA) apoiaram a festa. Antes da missa, o representante do CTA, Daniel, destacou a importância da organização das trablhadoras e trabalhadores rurais na luta por uma agricultura familiar cada vez mais forte e pela agroecologia. Já Rômulo destacou a EFA como um importante instrumento de auxílio ao jovem do campo na sua formação.  

A coordenadora da comunidade Nossa Senhora das Graças, Cassiana Rosa Silva de Paula, emocionada, agradeceu a colaboração de todos para a organização da festa. Cláudia Patrício da Cunha, da comunidade de Nobres, também agradeceu a presença de todos e destacou a união do grupo para realiar a festa. Já Ivanilda Aparecida da Cunha Mafra Valente, também dos Nobres, destacou a importância das trabalhadoras e trabalhadores rurais continuarem unidos na luta por seus direitos. A coordenadora da comunidade São Geraldo, Sheila Gomes de Arruda, falou da alegria de estarem realizando a festa. 

No final da celebração, foi feito o sorteio da comunidade para acolher a festa de 2024 e a sorteada foi a comunidade de São Geraldo, na Piúna, que recebeu a notícia com entusiasmo. Dada a bênção, representantes das comunidades rurais plantaram uma muda de ipê amarelo, no átrio da capela, para marcar a festa. A muda foi doada pelo CTA que também trouxe também mudas e sementes crioulas para doar aos participantes. 

Terminada a missa, as barraquinhas, que estavam cuidadosamente ornamentadas para a festa, receberam os participantes para partilha de quitandas e caldos distribuídos gratuitamente. Houve também a troca de sementes e de outros materiais como roupas

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