Publicado em: 09/03/2023 17:39:00
O tema deste ano é “Fraternidade e Fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer”. O enfrentamento da fome foi escolhida pela CNBB (Conselho Nacional dos Bispos do Brasil) como tema com o objetivo de fomentar ações, em todos os níveis, para minimizar os impactos desta realidade na vida do povo brasileiro.
Para falar em nome das 4 paróquias de Viçosa, Padre Geraldo foi acolhido na Câmara pelo presidente Rafael e, após exibição de um vídeo sobre a Campanha, justificou a ausência dos demais párocos de Viçosa, que estão participando de um encontro de presbíteros, em Cachoeira do Campo. Em seguida, explicou que a Campanha da Fraternidade sempre traz propostas de ação para tratar de questões sociais que ultrapassam os limites da fé cristã, uma vez que dizem respeito a toda a sociedade.
Também destacou que está é a terceira vez que a igreja no Brasil convoca os fiéis a refletir sobre a fome, “o que revela nossa incapacidade de colocar fim a esse flagelo que vitimiza milhões no Brasil e no mundo”, disse. Por isso, Padre Geraldo acentuou a importância de esforços conjuntos e concretos para combater a fome como a implementação de políticas públicas, o estímulo às iniciativas de agricultura familiar agroecológica e a produção de alimentos saudáveis.
“A fome na sociedade humana é uma tragédia, um escândalo. O alimento para o ser humano não constitui apenas uma necessidade natural, mas é um fator cultural, veículo de relações entre as pessoas, princípio de aliança e de comunhão”, pontuou.
Também lembrou o Papa Francisco que descreve a fome como uma vergonha provocada, em grande parte, pela distribuição desigual dos frutos da terra, pelos conflitos em várias regiões do planeta e o descarte de toneladas de alimentos.
Padre Geraldo também citou outras causas da fome: busca egoísta do dinheiro e do poder, perda da noção do coletivo, aversão aos pobres, êxodo rural e desmonte de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. “Precisamos mobilizar a sociedade para que projetos que favoreçam a população virem políticas de estado e não de governo. Política para combater a fome tem que ser política de estado”, enfatizou.
Também destacou a importância da fiscalização da aplicação do orçamento público, da organizar de grupos de orientação e educação alimentar, da promoção de audiências públicas para discutir a situação da fome nos municípios e implementar políticas públicas.
Após a exposição do sacerdote, alguns dos vereadores presentes se inscreveram para fazer perguntas e dialogar sobre o assunto.
Assista aqui ao vídeo da sessão ordinária da Câmara.
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