Publicado em: 17/05/2024 20:54:00
Em 2024, a Semana de Oração pela Unidade Cristã acontece de 12 (Festa da Ascensão do Senhor) a 19 de maio (Solenidade de Pentecostes) no Brasil e tem como tema “Amarás ao teu Deus e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10, 27). A celebração mundial dessa semana teve início na Igreja Episcopal [anglicana], no ano de 1908, nos Estados Unidos e, atualmente, é celebrada por milhões de cristãos em todo o mundo.
Dando início à roda de conversa, Pe Geraldo Martins acolheu a todos, especialmente os visitantes, Pastor Antônio Coimbra, Pastor Hélio e Pastor José Maria Fonseca, (Igreja Evangélica Pentecostal Jesus sobre as Águas), Pastor Márcio (Igreja Evangelho Quadrangular) e Pastor Luís Carlos (Igreja Evangélica Pentecostal Hospital dos Milagres). “Estamos muito felizes pelo fato de os senhores terem respondido sim ao nosso convite”, disse o pároco.
A roda de conversa ecumênica que é parte das atividades do Ano Missionário Paroquial reuniu 47 pessoas, incluindo o padre João Batista Barbosa, no Centro Paroquial Dom Luciano Mendes, às 19h, nas dependências da Igreja de São João Batista. Após apresentação de todos, Pe Geraldo explicou a diferença entre diálogo ecumênico (entre cristãos) e inter-religioso (quando inclui denominações não cristãs).
Pe Geraldo pontuou que o termo “ecumenismo”, tradução portuguesa do conceito grego oikoumene, é usado desde o século V, designando “a terra habitada”, no sentido geográfico. Posteriormente passou a significar “habitantes da terra”, indicando toda a humanidade. Destacou que “a divisão entre os cristãos é um escândalo, um obstáculo à evangelização. Dessa forma, os eventos ecumênicos não almejam convencer ninguém a mudar de igreja, mas motivar todos a caminharem juntos, a partir do lugar onde cada um congrega”, disse.
Informou que os irmãos protestantes (metodistas, luteranos e anglicanos) foram os pioneiros nas iniciativas ecumênicas no final do século XIX, mas só em 1961 a Igreja Católica começou a participar das atividades ecumênicas, sendo que uma abertura mais efetiva ao ecumenismo só aconteceu a partir do Concílio Vaticano II (1962-1965).
Após leitura do Evangelho (Lc 10, 25–37), os presentes conversaram sobre a parábola do Bom Samaritano, motivados pelas seguintes perguntas: Nos tempos atuais, quem é o meu próximo? Quem, hoje, se encontra à beira da estrada da nossa sociedade e como nos fazemos próximos dele? Como nossas igrejas imitam o samaritano da parábola?
Pastor Luís Carlos destacou que o cuidado com o próximo começa dentro de casa, no cuidado com a família. Também sublinhou a importância de ajudar todas as pessoas necessitadas, independentemente de qual fé elas professem.
Os participantes citaram o povo do Rio Grande do Sul que enfrenta a calamidade das enchentes e rezaram por eles. Pe Geraldo pontuou que o amor é o centro da fé em Jesus Cristo. Deus é amor e o amor de Cristo reúne a todos na unidade. Assim, todos possuem uma identidade comum na experiência do amor de Deus e essa identidade é revelada ao mundo pelo modo como as pessoas amam umas às outras.
A coordenadora de liturgia do Bairro Amoras, Regiane Fonseca, irmã do Pastor José Maria, resumiu os objetivos da conversa: “Se você ajudou uma pessoa a saltar um rio, você usou de compaixão e fez uma obra de misericórdia, mas se você se unir a outros e ajudar a construir uma ponte, você garantirá o acesso a várias outras pessoas. Ou seja, se cada um evangelizar por si dentro de sua própria igreja seu trabalho será restrito, mas se nos unirmos, poderemos levar o Evangelho a um número muito maior de pessoas”, disse.
Encerrando o evento, os pastores elogiaram a iniciativa e agradeceram a oportunidade de diálogo nesse “encontro de união”, como pontuou o Pastor Luís Carlos. O evento foi concluído com oração e música. Em seguida os participantes se dirigiram ao refeitório do Centro de Pastoral para uma partilha de lanches.