Paroquial

Paróquia prepara missionários/as para a Semana Missionária

Cerca de 70 agentes de pastorais participaram da formação missionária, no dia 27 de abril, no salão paroquial, em vista da Semana Missionária que a paróquia São João Batista realizará em julho. A formação foi dirigida pelo assessor arquidiocesano da Dimensão Missionária e pároco da Paróquia Santíssima Trindade, em Ponte Nova, padre Fernando Paulo Monteiro dos Santos.


Publicado em: 29/04/2024 17:07:00

Paróquia prepara missionários/as para a Semana Missionária

O assessor discorreu sobre a teologia e a história da missão a partir Documento de Aparecida. “A missão está no coração da Santíssima Trindade: o Pai envia o Filho e ambos enviam os apóstolos e o Espírito Santo. Por isso, o anúncio missionário é a essência da Igreja. Sem a missão, a Igreja está fadada ao fracasso”, disse. 

 “A Igreja nasce para anunciar, pois é desejo de Deus estar sempre em nosso meio. É o anúncio de Jesus que nos traz esperança. Se ainda há tanta dor no mundo é porque ainda não abrimos espaço suficiente para Deus em nossas vidas”, sublinhou.  Pontuou que ser discípulo-missionário é como as duas faces de uma moeda. Todo aquele que aprende com Jesus na oração, na escuta da Palavra e na vivência do dia a dia é enviado em missão para anunciar com a própria vida. “Sair em missão significa formar discípulos, ou seja, seguidores que se encantem com Jesus como nós nos encantamos. A missão implica em transformação pessoal e social”. 

Enfatizou que o anúncio do Reino de Deus é para todos. Não podemos obrigar ninguém a seguir Jesus, mas todos são convidados. Nosso anúncio é o amor. “Quando vamos fazer uma experiência missionária, não podemos ir com o ego inflado, pensando ‘esta casa não precisa visitar porque são evangélicos’ ou ‘estes não querem nada com o Evangelho’. A nós não cabe julgar”, sublinhou.

Explicou que o objetivo da missão é evangelizar sem fazer proselitismo, ou seja, sem forçar as pessoas a mudarem de religião. “É preciso entender que todos têm direito de conhecer a Palavra de Deus e que todos são destinatários da salvação trazida por Jesus”, acentuou.

Destacou que a missão não é trabalho apenas de um grupo específico e que toda a Igreja com seus movimentos e pastorais deve estar sempre em chave missionária. “Não vamos em missão para aumentar o número de católicos. Vamos para ouvir e apresentar Jesus para outros. Também não vamos levar Jesus, porque Ele já está lá, mas pode ser que ainda não o conheçam”, reforçou.

Padre Fernando discorreu sobre a história da missão na Igreja, desde os Apóstolos, passando pela época patrística, quando os discípulos dos discípulos eram os anunciadores. Falou das transformações ocorridas quando a Igreja Católica se tornou a religião oficial com o Imperador Constantino no século IV a.d. Citou santos missionários como São Paulo, São Francisco de Assis, Santo Afonso e São Vicente de Paulo.

Chegando aos tempos atuais, partilhou algumas experiências práticas de missão e sublinhou que “a missão não é nossa e nem da Igreja, mas de Deus. A iniciativa é sempre de Deus e nós somos apenas colaboradores. A missão também é uma forma de profetismo, de denúncia de tudo que coloque em risco a vida humana e do meio ambiente.

O pároco da paróquia São João Batista, padre Geraldo Martins, conduziu os trabalhos da tarde quando houve discussões em grupos sobre questões práticas relativas às atividades que deverão acontecer na Semana Missionária em julho. 

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