Publicado em: 22/05/2024 12:23:00
A iniciativa é da equipe que prepara e organiza a 12ª Festa da Trabalhadora e do Trabalhador Rural que a paróquia São João Batista realizará no final de julho. O tema da festa já foi escolhido.
A paróquia São João Batista, em Viçosa (MG), já começou a preparar a 12ª Festa da Trabalhadora e do Trabalhador Rural que, neste ano, será realizada no dia 28 de julho, na comunidade da Piúna, zona rural do município de Viçosa. Na quarta-feira da semana passada, 15, a equipe organizadora fez sua terceira reunião e definiu o tema da festa: “Mãos na terra, no campo e na cidade, produzem alimento de verdade!”
A equipe decidiu também realizar uma roda de conversa para debater a realidade rural com vistas a preparar melhor o conteúdo da festa. “A intenção com essa roda de conversa é trazer à tona as bandeiras de luta das trabalhadoras e trabalhadores rurais de nosso município a fim de que nos unirmos na busca de políticas públicas que realmente atendam à mulher e ao homem do campo”, explica o pároco da paróquia São João Batista, padre Geraldo Martins.
A Roda de Conversa será na próxima terça-feira, 28, das 14h às 17h, no Centro Paroquial de Pastoral Dom Luciano Mendes, localizado atrás da igreja São João Batista. Haverá três expositores que introduzirão o tema da conversa, abrindo para a intervenção dos participantes. A Roda de Conversa é aberta a todas as pessoas interessadas, tanto das comunidades rurais quanto das urbanas.
Entidades parceiras
A coordenadora da comunidade da Piúna, Sheila Gomes de Arruda, disse que recebeu com alegria a escolha de sua comunidade para sediar a festa neste ano. “Ficamos muito felizes e animados com a escolha de nossa comunidade para a festa e temos certeza de que será uma festa linda, que trará bons frutos para nós do campo e de toda a sociedade”, observou. Segundo a coordenadora, a preparação da festa com antecedência favorece o surgimento de novas ideias.
Realizada em parceria com organizações da sociedade civil e movimentos sociais, a festa tem por objetivo “celebrar a vida e o trabalho da mulher e do homem do campo, mas também ser espaço de reivindicação de direitos e de políticas que respondam aos desafios de quem vive da terra, especialmente, os que vivem da agricultura familiar”, comenta padre Geraldo.
Sheila considera importante que a paróquia se abra ao diálogo com outras entidades na construção da festa. “A participação dos parceiros tem contribuído muito [na preparação da festa], mostrando-se sempre muito solícitos e se esforçando para uma boa organização [da festa]”, ressaltou a coordenadora.
Entre as entidades parceiras estão o Centro de Tecnologia Alternativa (CTA) o Movimento pela Soberania Popular da Mineração (MAM) e a Escola Nacional de Energia Popular (ENEP).
A mobilizadora social do MAM, Claudinea Ferreira, conhecida com Neia, recorda que Zona da Mata Mineira é uma região marcada pela agricultura familiar, pela produção diversificada e pela agroecologia. Ela chama atenção para as “mazelas impostas com o capitalismo e intensificadas com a Revolução Verde”, na região.
Licenciada em Educação do Campo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Neia considera que a festa da trabalhadora e do trabalhador rural é oportunidade de animar o povo na luta por seus direitos. “Nosso povo camponês luta contra a implementação dos agrotóxicos e a mineração, mas necessita de apoio, de políticas públicas e incentivo. A festa da trabalhadora e do trabalhador rural é, portanto, uma forma de fomentar a luta do nosso povo!”, disse.
“Nossa expectativa é que ao longo da construção da festa possamos aprimorar nossos conhecimentos, nos fortalecer na luta e que o dia da festa seja repleto de reivindicações, alegria e comida de verdade”, acrescentou a militante do MAM.
Parceiro em outras edições da festa, o Centro de Tecnologias Alternativas (CTA) considera importante sua aproximação com a paróquia de São João Batista para a construção da festa da trabalhadora e do trabalhador rural.
“A partir dessa participação o CTA busca valorizar esta ação tão necessária e através dela aproximar das comunidades para apoiar as agricultoras e agricultores incentivando a agroecologia e a cultura local, fortalecer a agricultura familiar, fomentar a importância em não utilizar nenhum tipo de veneno na propriedade e lutar pelos seus direitos”, disse a técnica do programa Educação e Agroecologia do CTA, Ângela do Carmo Santos.
Segundo a representante do CTA, a construção da festa de forma coletiva ajuda “para que tudo ocorra da melhor forma” durante o evento. “Um dos pontos que nos alegra é a acolhida da paróquia ao convidar organizações em busca de parcerias para apoiar na construção e para promover o bem comum”, concluiu.
Fonte: PASCOM
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