Paróquia São João Batista

As celebrações da Paixão de Jesus Cristo foram iniciadas ao amanhecer da sexta-feira, com a Via Sacra realizada em uma caminhada penitencial que teve início na Igreja de São João Batista e foi encerrada na Escola Municipal Doutor Juscelino Kubitschek, localizada na Barrinha. 

Durante a caminhada, os fiéis carregaram uma grande cruz que foi afixada ao final da Via-sacra no terreno da escola. Na 14ª e última estação (Jesus é sepultado), Padre Geraldo Martins convidou a todos os participantes envolvidos com Educação (alunos, professores e funcionários de escolas) que se aproximassem da cruz e revelassem o que há de ruim na Educação que é preciso sepultar com Jesus. 

Foram citados a discriminação, intolerância, ausência de políticas públicas que favoreçam os mais pobres, o racismo, preconceito, desrespeito com os profissionais da Educação, descompromisso dos pais, ensino que prepara apenas para o trabalho e não para a vida, etc. O pároco então convidou os trabalhadores da Educação e alunos para entrarem no pátio da escola carregando a cruz,  para ser afixada. 

Antes da bênção final, padre Geraldo agradeceu aos organizadores da caminhada, bem como ao marceneiro que confeccionou a cruz e à direção da escola, por acolher os caminhantes e a cruz.

 “Acompanhando os passos da Paixão de Cristo, a Via-sacra nos lembra também as nossas dores. Em cada estação, pudemos olhar para Cristo e para nós mesmos. Suas dores nos lembram as nossas, assim como sua ressurreição significa também nossa vitória. O sentido dessa caminhada é nos unir a Cristo, para que também ressuscitemos com Ele.  Nunca abandone sua cruz, pois não há cruz sem Cristo e nem Cristo sem cruz”, disse.

Ação Litúrgica da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo

Na Ação Litúrgica da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, celebrada às 15h na Igreja São João Batista, padre Geraldo disse que o julgamento injusto de Jesus foi marcado por interesses políticos e religiosos, bem como pela pressão da multidão que foi persuadida pelos poderosos. T

O pároco também falou da atualidade do sofrimento de Cristo: “A paixão de Cristo se prolonga na dor dos que sofrem, nos idosos, nos desempregados, nas crianças violentadas, naqueles que são dominados pelas drogas, nas famílias que sofrem sem emprego ou moradia. Jesus continua chagado nos que não têm acesso a uma educação de qualidade, nos indígenas que veem suas terras invadidas e em todos aqueles que perdem seus direitos. A paixão continua na vida de todos que sofrem com o sistema que explora e mata”, defendeu.

“A nossa esperança é que depois da Sexta-feira da Paixão há sempre o Domingo da Ressurreição. Guiados pela esperança e animados pela caridade, perseveremos no seguimento a Jesus Cristo até o dia em que diremos ‘tudo está consumado’. Eu desejo de coração que sua Semana Santa não termine na paixão e morte de Jesus, mas que seja de fato a celebração da ressurreição, para a qual Ele nos convida a viver”, concluiu.

A Ação Litúrgica da Paixão prosseguiu com a Adoração da Cruz e a distribuição da Eucaristia.

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