Paróquia São João Batista

Nesse dia dedicado ao Sacramento da Eucaristia e da Ordem, o pároco, padre Geraldo Martins, iniciou a celebração saudando a todos com alegria e rezando por todos os sacerdotes, em especial, os que atuaram na Paróquia São João Batista e os que são filhos desta terra.

A partir do versículo do Evangelho “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou os até o fim” (João 13, 1), o sacerdote destacou que a vida de Jesus é a mais perfeita tradução do amor: “O amor o levava a tocar as crianças, a abraçar os pecadores, a confortar os doentes. Era o amor que o movia a denunciar toda situação geradora de dor e sofrimento. Amor que curava, perdoava e levantava quem estava caído. Amor que saciava a fome”, disse.

Explicou que a expressão máxima do amor de Cristo é a sua morte na cruz e o seu desejo é que o imitemos de forma concreta, promovendo sempre a vida e a paz entre as famílias,  nas comunidades e no mundo. “Que o nosso amor ajude os outros a vencer o desânimo. Amor que perdoa, reconcilia e constrói uma nova civilização de homens e mulheres que se respeitam, numa sociedade sem discriminação, preconceito ou intolerância”, pontuou.

Ressaltou que a Eucaristia é o prolongamento da cruz, do sacrifício de Cristo. Assim, ela é a expressão máxima de seu amor pela Igreja: “Quando entendermos verdadeiramente esse mistério de fé, jamais perderemos a Eucaristia, por qualquer motivo que seja. E passaremos a ir à missa porque, ao celebrar a Eucaristia, nos unimos a Cristo e nos tornamos alimento para os irmãos e irmãs”, defendeu.

“O pão e o vinho consagrados não são símbolos do Corpo e Sangue de Jesus. São presença real, viva do Cristo a nos salvar e libertar. A Eucaristia é alimento e aquele que comunga se cristifica. A Eucaristia não me aliena da história, porque Cristo não se alienou do mundo. A Eucaristia me assemelha a Cristo, para eu agir no mundo; para fazer o bem como Ele fez e transformar a realidade.”, sublinhou.

O pároco lamentou a violência e a fome no mundo: “Até quando vamos assistir passivamente a violência na nossa cidade? Até quando vamos assistir passivamente milhões de irmãos e irmãs passando fome por causa da ganância de alguns?”, questionou. 

Após enfatizar que Eucaristia é mistério de fé, banquete de vida e compromisso com a história, o celebrante destacou que, para termos sempre esse alimento, Cristo institui o sacerdócio e instruiu os apóstolos a lavar os pés uns dos outros. “O ministério presbiteral é para prolongar a ação amorosa e transformadora de Cristo no mundo. É para servir. Lavar os pés significa servir”, observou.

Dirigindo-se à assembleia, falou: “Desejo que cada um de vocês se sinta como se eu estivesse lavando o seu pé. Essa é minha tarefa. Se em algum momento não servi vocês bem, se não fui sinal de Cristo para vocês, me perdoem e que me ajudem a viver bem esse mistério que Cristo me confiou”. Lembrando o gesto de Jesus, Padre Geraldo lavou os pés de adultos, jovens e crianças. 

 

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