Publicado em: 22/09/2022 11:29:00
Quem leva a sério a democracia sabe que, numa eleição, seja em que nível for, não é fácil decidir-se por este ou aquele candidato/a. Quanto mais distante o candidato, como é o caso das eleições deste ano para presidente, governador, senador e deputado, mais difícil é o acesso a informações confiáveis sobre sua pessoa. Isso gera dúvidas e incertezas no eleitor.
Esta observação talvez não valha para os mais politizados, para aqueles que são definidos ideologicamente, os que são identificados ou filiados a algum partido. É comum vê-los assumindo com paixão seu/sua candidata e tentando convencer os outros a votarem nele.
A dificuldade na escolha do candidato/a, no entanto, não pode levar a pessoa a omitir-se ou a ignorar os critérios na indicação dos que governarão o país. Tampouco deverá fazer o eleitor a refugiar-se na falta de credibilidade dos políticos e da política para não votar ou votar de forma inconsequente, como se votar ou não votar não fizesse a diferença.
Cada eleitor tem seu método para escolher o candidato que julga ser melhor ou mais preparado para o cargo pleiteado. É preciso mesmo muito cuidado para não levar ‘gato por lebre’.
A Igreja não indica candidatos, não apoia partidos, mas aponta critérios que ajudam o eleitor a escolher seus candidatos. Ela convida o eleitor a verificar o perfil de cada candidato/a considerando, dentre outras coisas, sua vida pregressa, sua trajetória política, seu compromisso com a ética, o respeito que dispensa à vida e à dignidade da pessoa humana, a defesa que faz dos pobres e dos valores que apontam para o Reino de Deus, o compromisso que assume com a justiça social e com a Ecologia Integral.
Oriente-nos a todos o principio de que “voto não tem preço, tem consequência”, a fim de que votemos com consciência e ajudemos a tornar o Brasil melhor.