Publicado em: 16/04/2021 07:29:00
Ansiedade, insegurança, medo, aflição, angústia, dor, tristeza, sofrimento... Coragem, luta, determinação, confiança, entrega, abnegação, solidariedade, esperança, fé... Estes são os sentimentos que se contrapõem no campo de batalha da vida contra a morte, criado pela pandemia do novo coronavirus. Quanto mais nos deixarmos guiar pelos sentimentos da segunda lista, tanto mais seremos vitoriosos.
Desde que foi descoberta, a Covid-19 foi tratada pelos cientistas como um vírus de alta letalidade, de difícil combate e de duração imprevisível. Quem apostou no contrário terá se rendido à ciência ante o caos que se instalou no mundo por causa desse inimigo invisível?
As variantes da Covid-19 não param de surgir, formando sucessivas ondas que, juntas, resultam um tsunami. No Brasil, as consequências têm sido desastrosas. Iniciamos abril com 12,6 milhões de infectados e mais de 300 mil mortos. O fim do auxilio emergencial, em dezembro do ano passado, mostra suas consequências com o aumento da pobreza e da fome. Retomado neste mês, bem abaixo do que era antes, será insuficiente para quem está em vulnerabilidade.
Cooperou para esse quadro lamentável, entre outras coisas, o presidente da república que, desde o início, desdenhou da doença, negou a ciência, não articulou ação de combate ao vírus, contrapôs-se às normas orientadas pelas autoridades sanitárias, estimulou aglomerações, combateu ações de governadores e prefeitos que levaram a sério as medidas de contenção do vírus, não assinou contratos de compra das vacinas logo que surgiram e, pior que isso, incentivou o uso de medicamentos comprovadamente sem eficiência no combate à Covid-19.
Os cristãos somos movidos pela fé e pela esperança. Da vitória do Crucificado-Ressuscitado vem nossa força para vencer esse mal. Não negligenciamos, porém, razão e a responsabilidade da organização política na promoção e defesa da vida pela qual somos todos responsáveis.
* Artigo publicado no jornal O Mensageiro de abril/21